Estudo comprova desmatamento zero em parte da região produtora de café de Rondônia; entenda
Monitoramento foi feito entre 2020 e 2023 e em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura, foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais

Por Redação
Publicado 24/04/2024
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Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Um estudo conduzido pela Embrapa comprovou a sustentabilidade do café produzido na região “Matas de Rondônia”. O estudo, feito com o uso da geotecnologia e com o apoio de imagens de satélite, registou desmatamento zero em 7 dos 15 municípios que compõem a região.

A área classificada como “Matas de Rondônia” na Identificação Geográfica abrange 15 municípios. São eles:

  • Alta Floresta D’Oeste
  • Alto Alegre dos Parecis
  • Alvorada D’Oeste
  • Cacoal
  • Castanheiras
  • Espigão D’Oeste
  • Ministro Andreazza
  • Nova Brasilândia D’Oeste
  • Novo Horizonte do Oeste
  • Primavera de Rondônia
  • Rolim de Moura
  • Santa Luzia D’Oeste
  • São Felipe D’Oeste
  • São Miguel do Guaporé
  • Seringueiras

Dados positivos
O monitoramento foi feito entre 2020 e 2023 e em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura, foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais. Ou seja, o estudo mostra que mais da metade dos municípios que compõem a região “Matas de Rondônia” são cobertos por florestas.

São 2,2 milhões de hectares com vegetação nativa. 
Além disso, o estudo também destaca a contribuição das reservas indígenas. Segundo a Embrapa, são os indígenas “que preservam e conservam grandes “blocos” de florestas nativas primárias num total de 1,2 milhão de hectares”.

Ainda de acordo com a Embrapa, dos 37 mil imóveis rurais da região das Matas de Rondônia, declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), menos de 9 mil se dedicam à cafeicultura, e, destes, 95% são pequenas propriedades familiares, com 3,5 ha cultivados com café, em média.

Robusta Amazônico
O café de Rondônia conquistou, em junho de 2021, a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável. Para denominar essa nova Identificação Geográfica, foi feito um estudo, que começou em 2018.

Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados.

O relatório do Exame de Mérito realizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. “Uma nova ótica sensorial com paleta específica e característica dos cafés canéfora”.

Fonte: Assessoria