Rondônia busca parcerias para reagir aos impactos da pandemia; estratégias para a retomada do desenvolvimento são alinhadas
Rondônia conseguiu atravessar impactos da pandemia com solidez fiscal e tem uma das menores taxa de desemprego do país com incentivo de atividades sustentáveis

Publicado 03/12/2020
Atualizado 03/12/2020
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Esse ano trouxe para o mundo o grande desafio de sobreviver e reagir aos impactos econômicos causados por uma pandemia, e o momento agora é de traçar estratégicas para a retomada do desenvolvimento em 2021. E foi essa a principal linha que seguiu as discussões da 295ª Reunião do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) realizada na manhã desta quinta-feira (3), em Manaus, com transmissão ao vivo.

A reunião contou com a participação de autoridades municipais, estaduais e federais, inclusive os governadores do Amazonas, Roraima e Rondônia. Todos estão imbuídos da missão de adotar medidas para garantir o crescimento de empregos e o combate à miséria na Amazônia. Considerando ainda o incentivo de cadeias produtivas adequadas à região e integradas as indústrias, bem como o empenho em demonstrar que a região pode ser uma gigante da economia sim, e isso com sustentabilidade.

O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, pontuou a forma como o Estado vem enfrentando a pandemia com a adoção de medidas assertivas para o controle da doença, e ao mesmo tempo com incentivo à economia, tendo inclusive alcançado uma das menores taxa desemprego do país.

‘‘Recebi o Estado sem recurso em 2019, mas nós trabalhamos muito para promover o desenvolvimento. Hoje estamos com superávit e conseguimos o triplo A em solidez fiscal’’, conta.

O governador citou ainda que em Rondônia é desenvolvido o maior projeto do País no uso sustentável da floresta, na Reserva Extrativista Rio Cautário, desenvolvido na modalidade REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal), com o objetivo de recompensar financeiramente as comunidades extrativistas.

Marcos Rocha ainda destacou os resultados positivos do agronegócio, o forte setor que tem alavancado a economia rondoniense. Defensor de uma economia nacional sólida, o governador parabenizou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e ministros pelos grandes esforços em desenvolver o país, e ainda enfatizou que o que é importante para um estado, a exemplo da Zona Franca para Manaus, é importante para todo o país.

Convocou a todos a se empenharem para que o Brasil seja de fato um país desenvolvido. ‘‘Esse é o momento de arregaçar as mangas e fazer o trabalho que tem que ser feito. Quando nós crescermos, o que basta ter fé e agir, vamos então olhar para trás e ter a certeza que não foi em vão, que fizemos o que foi preciso’’, afirma Marcos Rocha.

ESTRATÉGIAS

Durante a reunião, os conselheiros aprovaram por unanimidade a pauta com 14 projetos industriais e de serviços, sendo quatro de implantação e 10 de ampliação, atualização ou diversificação, que somam investimentos totais de R$ 2 bilhões e preveem a geração de mais de mil empregos em até três anos, prazo para efetivar as linhas de produção no polo industrial da capital do Amazonas, a Zona Franca de Manaus.

Em um balanço de ações, a Suframa apontou que foram aprovados este ano 146 projetos, dois a mais que no ano passado, e com a expectativa de gerar cerca de oito mil empregos diretos.

As discussões permearam ainda sobre temas como os investimentos públicos como ferramenta importante para impulsionar a economia, a delicada reforma previdenciária na qual deve ser defendida a manutenção de incentivos fiscais e a atualização dos polos produtivos quanto ao contexto tecnológico, ou seja, a defesa de uma economia 4.0 na Amazônia.

Apesar das incertezas, prevalece para 2021 o otimismo que vem do ‘‘dever de casa’’ que é feito para conter o avanço da Covid-19, a expectativa de ter uma vacina, e também dos investimentos que estão sendo feitos de forma estratégica, planejada e alinhada.