Investimentos do Estado em infraestrutura e tecnologia, aliados às ações do produtor fortaleceram a pecuária em RO, avalia presidente da Idaron

Por Idaron
Publicado 01/10/2021
Atualizado 01/10/2021
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As políticas públicas de governo, aliadas às iniciativas do setor privado, são fundamentais para que áreas livres de febre aftosa com vacinação evoluam para o status sanitário de livre da doença sem a vacinação, com consequente reconhecimento nacional e internacional. Essa parceria, entre Estado e produtor rural, foi destaque na palestra proferida nesta quinta-feira (30/09), pelo presidenta da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia, Júlio Cesar Rocha Peres, no 4° Fórum Estadual de Vigilância Contra a Febre Aftosa, em Cuiabá-MT.

Segundo ele, uma pecuária forte se faz com um órgão defesa sanitária igualmente forte e com o inestimável envolvimento do pecuarista e entidades afins nas estratégias adotadas pelo Governo. Tendo como foco o tema “responsabilidades compartilhadas”, Júlio Cesar destacou ainda que o reconhecimento internacional como área livre de aftosa sem vacinação não encerra o processo de prevenção da doença, mas apenas inicia um novo ciclo, que atribui ainda mais responsabilidades ao produtor rural e exige investimentos estratégicos do governo, sobretudo em tecnologia e infraestrutura.

Relacionado a esse tópico, o presidente da Idaron falou dos investimentos que o governo Marcos Rocha tem feito para ampliar os serviços voltados à proteção da pecuária e da agricultura, com ingestão de recursos milionários tanto em tecnologia quanto em informação. O objetivo é um só: facilitar o acesso do produtor aos serviços oferecidos pela Agência Idaron.

No que se refere a tecnologia e comunicação, Júlio Cesar deu ênfase ao poder de alcance de uma das ferramentas mais utilizadas pelo brasileiro o WhatsApp. “Na mais isolada das regiões, onde nem mesmo a energia elétrica convencional chegou, pode-se encontrar sinal de internet e, com ela, o WhatsApp. Isso não pode ser ignorado. Esse fator tem nos favorecido em Rondônia, nos permitindo ampliar principalmente as atividades voltadas à educação sanitária”, acentuou.

GTA’s ONLINE

Com a internet cada vez mais acessível ao homem do campo, a Idaron passou a disponibilizar todos os seus serviços de forma remota e virtual. “Onde estiver, o pecuarista pode emitir uma Guia de Trânsito Animal (GTA) ou fazer a declaração obrigatória dos rebanhos, além de outros serviços. A mesma facilidade se aplica ao agricultor que pode consultar viveiros pelo site da Idaron e resolver suas demandas sem sair de casa”.

Os altos investimentos em facilidade e comodidade, para o produtor, tem surtido efeito positivo. De janeiro de 2019 a dezembro de 2020, por exemplo, foram emitidas 62,2 mil GTA’s, destas 22,15 mil foram online. Das GTA’s emitidas para abate, 11,5 mil, 5,44 mil foram de forma virtual, pela internet. E a evolução do uso da tecnologia vem sido crescente. Em janeiro de 2019, apenas 2% das GTAs emitidas eram online. Em dezembro de 2020, o número de emissões online aumentou para 35,61%.

O investimento em tecnologia tem tido repercussões positivas também nas declarações obrigatórias de rebanho: na primeira campanha de 2020 foram 24,5% declarações por meio de plataformas virtuais. Na segunda etapa do mesmo ano esse índice aumentou para 29%. Neste ano, na primeira etapa da declaração, em maio, a adesão pela declaração online foi de 35,8%.

REBANHO BOVINO

Os investimentos feitos pelo Estado, por meio da Idaron, unidos ao profissionalismo da pecuária, com a mecanização do setor e forte adesão às políticas de prevenção da aftosa e outras doenças, têm feito com que Rondônia desponte no cenário nacional em várias frentes. Recente estudo divulgado pelo IBGE, por exemplo, traz o rebanho bovino da capital, Porto Velho, como o quarto maior do país, com 1,2 milhão de cabeças de gado. Com números atualizados, o rebanho da capital já está bem maior, com 1,35 milhão de cabeças.

Dos 100 municípios brasileiros com os maiores rebanhos, de acordo com o IBGE, 16 estão em Rondônia. E não é por acaso, hoje o estado possui 15,116 milhões de cabeças de bovídeos, sendo o maior rebanho brasileiro dentro das áreas reconhecidas internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Fonte: Idaron